terça-feira, 23 de março de 2010

mais que amor

e isto é dirigido a ti, meu mais que amor, minha mais que vida
és a pessoa mais importante da minha vida. não há forma de te explicar, ou melhor, não é possível descrever-te, pois ficaria com um valor muito menor que aquilo que tu és. preciso de ti a cada minuto, segundo, hora, dia, mês e ano. preciso e sinto a tua presença sempre ao meu lado, como uma chama que me faz sentir aquecida a todas as horas. elevas-me quando estou a cair do poço, e fazes com que consiga sorrir mesmo estando a chorar.
não imagino a minha vida sem ti, sem os teus conselhos e sem... na realidade, não imagino a minha sem o «nós». mas tu e eu somos um só, ou melhor, duas almas gémeas em corpos diferentes. sim. porque sinto os teus braços sempre em meu redor no silêncio da lua, entre o burburinho dos grilos;
és a pessoa mais linda do mundo, já to disse? és a mais pura, a que mais me importa. és meu, e eu sou tua, sempre. ninguém me tira de ti, podes ter toda a certeza, porque eu vou estar sempre para te ouvir a todas as horas do dia, estou sempre pronta para servir de teu ombro, de tua almofada, de tua confidente.
o meu mundo gira ao contrário quando não estás aqui: vejo frases trocadas, ouço falas trocadas, e vivo sem sangue na cabeça, porque preciso sempre de ouvir as batidas do teu doce coração perto. dás cor aos dias da minha vida. és a razão do todo o meu ser. simplesmente, és o meu mais que amor.
sabes uma coisa? amo-te muito. como não amo mais ninguém. confio-te a ti os meus batimentos cardíacos, pestanejar e noção de vida. confio-te completamente todo o meu eu, porque tu mereces isso e mais, muito mais. mereces mais que um mundo e um universo, eu dava-te tudo e tenho a certeza que merecias mais. dás corda ao meu relógio, fazes parte da cada tique-taque do meu relógio. preenches todos os espaços vazios de mim ao mesmo tempo que tens o poder de retirar tudo dele. tu não tens a chave para todas as portas da minha vida, tu próprio és a chave. porque simplesmente mais ninguém é como tu, e nunca ninguém irá ocupar o teu lugar.
promete-me que nunca te vais embora, promete. fica comigo para todo o sempre e depois disso, fica. para onde fores, leva-me. se fores embora e me deixares aqui sozinha eu morro. morro por ti e de ti, porque tu é que me fazes viver. tens mais poder sobre mim do que o sol e a lua. tu és tudo, tudo, completamente tudo. és o fio condutor, a gravidade que me faz estar de pés assentes da terra. mas também me fazes andar na lua, entre os sonhos e estrelas. tu és o príncipe e eu sou a princesa. vivemos no nosso conto de fadas, no nosso reino far far away. onde podemos exercer os nossos sentimentos e onde podemos ser felizes, um com o outro.

és o melhor amigo de sempre, dcdo.

(muito nossa)

quinta-feira, 11 de março de 2010

porquê?

e porque existe tu, distância? porque insistes em permanecer? porque fazes que estradas, campos, casas, florestas ou até mares separem almas gémeas? dá-te prazer ver sofrimento?
sim, e tu sofrimento? porque insistes em aparecer quando o que mais queremos é que vás embora? porque fazes com que águas do mar invadam os olhos? porque nos dás tanta dor?
sim, e tu dor? porque estás sempre no nosso íntimo? porque incomodas sempre nas piores alturas? porque fazes do nosso coração réplica, tremor de terra e abalo? porque o levas ao nosso cérebro, à ponta dos nossos pés, e o colocas de novo no peito? porque o enches de dúvidas?
e vocês, dúvidas? porque aparecem quando temos hipótese de continuar as nossas vidas? porque fazem a nossa cabeça em água quando o que mais queremos é tê-la em terra firme? porque teimam em não nos deixar dormir quando o que mais queremos é envolver os nossos pensamentos em sonhos? porque é que levam a pensar duas, três, quatro vezes quando achamos que as nossas decisões estão tomadas?
e vocês, decisões? porque existem? se não existissem não teríamos possibilidades.
e vocês, possibilidades? desapareçam. se tivéssemos apenas um caminho, uma opção, não teríamos de pensar no que seria melhor para nós e para o nosso coração.
e tu, coração? porque por vezes és tão rebelde e não nos deixas tentar? porque quando optamos por uma possibilidade tu fazes-nos reviver amores passados que nos fazem crer que podem existir melhores possibilidades para o nosso bem-estar? porque é que quando temos uma decisão tu queres dar-nos motivos de força maior para não a tomar? porque é que nos puxas para o outro lado do mundo quando queremos seguir os nossos sonhos que tu próprio crias? porque fazes-nos pensar profundamente, porque nos relembras sentimentos passados e nos contas histórias romancistas quando o que mais temos são dúvidas? porque é que bates tão no fundo e levas ao nosso cérebro memórias tão antigas? provocas dor. porque é que levas enxurradas de rios e mares a entrelaçarem-se entre as pestanas quando o nosso cérebro está completamente destroçado e sofrido? porque encontras o teu eu-tueeu tão longe? porque alargas tanto os teus horizontes? os nossos corpos estão fracos, a tua pedalada é quase nula, e nós não podemos continuar por aqui. porque tudo acaba assim?

quarta-feira, 3 de março de 2010

estado de


por mais que não queira, estás longe;
longe de tudo, de todos, de mim e dos meus sentimentos. estás perdido? não sei. mas sabes? ouvi dizer que o mundo acaba amanhã. ou não! ouvi dizer que o nosso amor acabou, mas não dei pelo seu fim. escondeste-me isso? o fim do tudo ao nada, e tu escondes isso por completo? não sei porque tão longe ficaste, ou apenas porque não estás aqui. fugiste-me de vista, por entre os dedos - tal como quando estou na praia a tentar pegar nos grãos de areia. ou és um fugitivo, ou és sadomasoquista. sabes porque o digo? porque sei que amas. não sei se a mim, se ao que te digo, ou se ao meu sentimento. mas amas. amas e amas sofrer. ou então foges porque tens medo de ser atingido por mais uma seta envenenada por veneno de mim. pelo meu sangue.
mas sabes? o teu mapa vais ser tu mesmo. juro. vou escrever o teu nome em todas as portas, em todas as calçadas, em todos os semáforos, em todos os cartazes de publicidade, na testa das pessoas se necessário. mas tu vais chegar até mim. por instinto, talvez. mas chegas. não por ordem do diabo ou de Deus, mas por ordem das minhas palavras e dos teus compromissos. os teus mais antigos e profundos compromissos. aqueles que toda a gente faz e esquece; aqueles que toda a gente ignora, mas eu não. e esta melancolia que me envolve quando falo de ti? parece que fico adormecida entre lençóis suaves, com cheiro a aveia e com um toque de ti. mas ainda com tudo isto, sei que estás longe, muito longe, talvez do outro lado do mundo, mas a chamar por mim. não te ouço, não te sinto aqui. mas sei o que procuras: nada. ou tudo, sei lá. procuras o invisível e o intocável. procuras o que está longe, enquanto podes agarrar o que está perto. estás perdido, completamente. cego pela sede de mais e mais sentimento, e tentas reencontrar as tuas palavras - reencontrar-te a ti. estás como um mendigo. não que tenhas roupas rasgadas ou que estejas como manco, mas a tua mente é de um mendigo: queres alimentar-te a todo o custo. será de mendigo, ou de ladrão? és insaciável por sentimentos, um viciado em afecto. mas fugiste. foste-te embora. e agora não te posso dar nada de mim. nem um pequeno pedacinho de mim. sabes? dava-te tudo, se pudesse. ainda que precisasses de mais e não encontrasses, eu dava-te tudo. és um sem sentido, e eu aprendi a ser como tu. a tentar dizer muito, e a não dizer nada. não completamos as frases um do outro, tal como poderíamos. tu dizes "amo" e eu não consigo dizer o "te". apenas e só apenas porque quando te toco tu não és nada. foste uma miragem. uma verdadeira miragem. e por isso é que sei que nunca vais conseguir chegar até a mim. porque tu na realidade nem sequer existes, és fruto dos meus pensamentos e dos meus sonhos. só estás comigo quando sem querer fecho os olhos e adormeco. parece que nem enquanto durmo consigo descansar. tu pegavas na minha mão e levavas-me para ti. levaste-me para mil e um sítios, e parecia que estava mesmo lá. mas agora não apareces nos meus sonhos, porque como já disse, estás longe. não sei de ti. mas ainda não saiste da minha cabeça. o meu cérebro continua à tua procura pelo infinito, mas nem ele consegue agarrar-te e trazer-te de volta. estás tão a leste que não dá. e começo a pensar que não vale a pena voltar a tentar. vais ter de ser como aqueles sonhos que esquecemos logo de manhã, mas eu só te esquecerei daqui a milénios.